Por Carla Luisa Marin
Seria possível estruturar a vida a partir de um apanhado de regras? O
que rege percepções, escolhas, gostos, desgostos?
Para iniciar mais um ano de Letras, propusemos aos nossos editores e
colaboradores desta edição a saborosa discussão que ganhou corpo,
por assim dizer, enciclopédico, na obra de Georges Perec nos idos de
1978. Quarenta anos depois, trazemos a você uma edição robusta e
rica que traz alguns pontos de vista sobre o tema.
De certa forma, falar de arte, cultura e suas manifestações é também
um modo de tentar sistematizar a vida. A nossa visão de mundo e
daquilo que é entregue a ele o tempo todo revela nossa maneira de
encaixar as diferentes partes desse grande conjunto de ações e sentires;
e o que é aquilo que fazemos e sentimos senão um componente
fundamental do nosso “modo de usar” da vida?
Se existe uma norma única e infalível, difícil saber. Fato é que ao pensar
e discutir, estamos contribuindo nessa tentativa eterna – e acredito
de verdade que isso é o que conta.
Convido você, amigo leitor, à mesma reflexão com que iniciei esse breve
editorial. E claro, desejando sempre, uma boa leitura!
>> Baixe aqui a edição do Letras 55 em .pdf!