Por Wellington Cançado Praticamente tudo que as sociedades modernas, extensivamente urbanas, constroem, produzem e consomem vem do solo. Minerais, petróleo, madeira e água viabilizam a complexa tectônica do mundo ocidental – ferramentas, objetos, máquinas, veículos, edifícios e cidades são feitos de metais, plásticos, betume, compensados e outros sintéticos. Para que esta simples
Author: Letras
O paradoxo das certezas provisórias
Em busca de um “modo de usar” – Editorial Letras 56
Por Carla Luisa Marin Seria possível estruturar a vida a partir de um apanhado de regras? O que rege percepções, escolhas, gostos, desgostos? Para iniciar mais um ano de Letras, propusemos aos nossos editores e colaboradores desta edição a saborosa discussão que ganhou corpo, por assim dizer, enciclopédico, na obra de Georges Perec nos idos
em homenagem à memória de affonso ávila
por eleonora santa rosa* affonso ávila falece 13 dias após meu aniversário, na rua cristina 1300, seu endereço de toda vida, em 28 de setembro de 2012. ano difícil este, de muitas perdas, separações, mudanças e dores. ano de mortes, de minha mãe, dele, minha referência intelectual, poética, humana, e de
Patrimônio cultural no Brasil: 80 anos de encontros e desencontros
Giuseppe Ungaretti: da guerra ao amor
Por Alice Laterza Editoria Ana Caetano Giuseppe Ungaretti, filho de pais italianos, nasceu no dia 8 de fevereiro de 1888, em Alexandria, no Egito. O poeta viveu sua infância no Egito, onde começou a se interessar pela literatura e a escrever seus primeiros versos. Em 1912, se muda para Paris e nessa
Liberdade Artística e Crime: dois mundos que raramente se conectam
Autorretrato matando Elizabeth II, 2005, carvão sobre papel, 150x200 cm. Fonte: http://www.gilvicente.com.br/inimigos.html Por Stefano Ragonezzi Editoria Rafael Neumayr e Alessandra Drummond Um dos preços que se paga por viver em um regime democrático é ter que tolerar opiniões divergentes. E não poderia ser diferente, já que o exercício democrático pleno reclama embate entre
A Casa Nômade
Com o passaporte carimbado em 59 países dos cinco continentes, casal de repórteres mineiros lança segundo livro com fotos e relatos das aventuras Por Glória Tupinambás • Fotos Renato Weil Nômade. Para povos primitivos, migrar em nome da subsistência. Para almas inquietas, vagar pelo mundo em busca do novo, de experiências, sentimentos
La tara de Brache, Jean-Paul Pobel
Por Simone Gomes* Editoria Aléxia Teles Duchowny Apresentamos a seguir a tradução de um poema de Jean-Paul Pobel, aposentado, nascido e criado na região de Bresse, no sudeste da França, onde ele atualmente mora. Nessa região, além do francês, os moradores mais antigos, sexagenários ou septuagenários, falam uma língua românica denominada francoprovençal,